Mais cinco filmes para os amantes da Advocacia

Poucas coisas são tão prazerosas quanto chegar em casa no fim do dia, cair no sofá, pôr os pés pra cima, ver aquele filminho e relaxar, se divertir e/ou se emocionar. E para nós, que trabalhamos com Direito e a advocacia, se o filme tiver um bom caso,  melhor ainda.

Nosso sócio Filipe Sodré preparou uma lista com cinco indicações de filmes para quem ama a advocacia e está buscando inspiração ou apenas uma boa história!

 

O JUIZ

(The Judge, 2014)

Hank Palmer é um cínico e brilhante advogado em Chicago, que, sob a fachada de sucesso, esconde uma vida doméstica cheia de problemas. Quando seu irmão liga com a notícia de que sua mãe morreu, Hank retorna à sua casa de infância para reencontrar os irmãos e o pai, juiz da cidade, com quem Hank nunca conseguiu se entender. A relação frágil entre eles é posta à prova quando de repente o juiz é acusado de um homicídio, num caso que acaba por iluminar traumas passados da família.

O destaque do filme vai para as excelentes atuações de Robert Duvall e Robert Downey Jr. Os atores fazem, respectivamente, os papeis de pai e filho que  nutrem entre si sentimentos ambíguos de rancor e amor velado, que se vêem unidos pelo mais improvável dos cenários: um julgamento criminal em que o réu é o juiz.

 

ERIN BROCKOVICH: UMA MULHER DE TALENTO

(Erin Brockovich, 2000)

 

 

Erin Brockovich é uma mãe solteira desempregada, desesperada para encontrar um emprego, mas não está tendo sorte, acabando por convencer seu advogado a lhe dar um emprego como paralegal em compensação pela derrota numa ação de trânsito. Desbocada e impetuosa, ninguém a leva a sério no início, mas isso logo muda quando ela começa a investigar um caso imobiliário envolvendo uma grande corporação, suspeita de despejar ilegalmente resíduos tóxicos que causam envenanemento em massa. Logo, Erin se encontra envolvida em uma série de eventos que envolveriam seu escritório de advocacia em um dos maiores processos de ação coletiva da história americana contra uma empresa multibilionária.

 

Este é um filme de múltiplos sentimentos: leve e divertido, mas com várias doses de emoção. É impossível não amar Erin, ao mesmo tempo em que nos identificamos com os seus problemas cotidianos e a admiramos pelo incrível trabalho que ela realiza junto com seu chefe. A história é baseada em num caso real, e a verdadeira Erin inclusive faz uma pontinha no filme.

 

 

O HOMEM QUE FAZIA CHOVER

(The Rainmaker, 1997)

 

 

Essa vai principalmente pros jovens advogados, tão frequentemente acompanhados daquele sentimento misto de responsabilidade, perplexidade, medo e vontade de fazer a coisa certa que nos impulsiona nos primeiros passos da profissão:  Rudy Baylor é um jovem advogado que, justamente na sua primeira causa, tem que enfrentar uma empresa milionária, experientes advogados corporativos, juízes corruptos e maridos abusivos, sabendo que é a única esperança de um casal de idosos depois que sua companhia de seguros se recusa a pagar um tratamento que poderia salvar a vida de seu filho.

Um dos primeiros papéis de destaque de Matt Damon, o filme também conta com a participação de Danny DeVito, hilário no papel do experiente colega de Rudy que, no entanto, nem sequer passou no exame da ordem.

 

O CLIENTE

(The Client, 1994)

 

Em mais uma adaptação de um livro de John Grisham para as telas de cinema, Susan Sarandon vive o papel de Reggie Love, uma advogada que vê sua vida mudar de repente quando entra pela porta de seu escritório Mark, um garoto testemunha chave do suicídio de um mafioso, pressionado simultaneamente pela promotoria e ameaçado pela máfia por conta daquilo que sabe.

 

Um excelente suspense, com atuações maravilhosas principalmente de Susan Sarandon e Tommy Lee Jones, que vive Roy Foltrigg, o promotor amante dos holofotes disposto a tudo para conseguir o que quer. Destaque para o primeiro momento em que Reggie, sozinha, em desvantagem mas cheia de truques na manga, confronta o time de homens engravatados de Roy, deixando-os praticamente sem saber o que os atingiu ao fim do encontro.

 

ANATOMIA DE UM CRIME

(Anatomy of a Murder, 1959)

 

Por fim, uma das maiores obras-primas do cinema para fechar essa lista com chave de ouro. Anatomia de um Crime é perfeito em várias dimensões diferentes: desde a trilha sonora, composta especialmente para o filme pelo mestre do jazz Duke Ellington, passando pelo roteiro incrivelmente bem trabalhado e com as atuações sensacionais de praticamente todo o elenco principal, liderados pelo lendário James Stewart, astro de clássicos como A Felicidade Não se Compra e Um Corpo que Cai.

 

Seguramente um dos melhores filmes já feitos, ele brilha mesmo na captação do funcionamento do Tribunal do Júri, entendendo como, para além do Direito, a teatralidade tem uma importância fundamental nesse ato. O caso que guia o filme: no julgamento por um homicídio, a defesa alega que o réu sofreu de insanidade temporária depois de saber que a vítima havia estuprado sua esposa. O que realmente aconteceu? A dinâmica da defesa e acusação tentando influenciar os jurados em cada aspecto possível, e uma história que a cada momento traz novos e imprevisíveis desdobramentos até o momento final (e que final!) certamente mantêm esse filme como um clássico atemporal que merece ser visto.

 

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